07/04/2022 -
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou, nesta semana, aos órgãos de defesa agropecuária do país que compõem o bloco IV do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para Aftosa (PNEFA), nova estratégia para garantir a oferta de imunizantes contra a febre aftosa. Após análise e discussão com os órgãos competentes em cada estado, o Mapa definiu pela as etapas de vacinação em todos os estados.
De acordo com o veterinário Pedro Olinto, aqui em Minas Gerais o cronograma vacinal aponta para as seguintes datas: 1ª etapa, em maio que será destinada aos bovinos e bubalinos de zero a 24 meses. E a 2ª etapa, em novembro para os animais de todas as idades.
O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), é o responsável pelo gerenciamento da campanha em Minas Gerais. A movimentação de animais durante as etapas de vacinação continuará seguindo as regras da Instrução Normativa nº 48/2020.
Importância da vacinação
Pedro explica que a vacinação é uma das principais estratégias dentro do programa de erradicação da doença, para garantir que continue o status de país livre da febre aftosa.
“Campanhas de vacinação adequadamente projetadas, implantadas e avaliadas, que empregam vacinas de qualidade e potência comprovada e que alcançam coberturas imunitárias elevadas, conseguem diminuir a susceptibilidade populacional ao vírus”, explicou.
Para as cidades mineiras a imunização dos animais é fundamental para manter o reconhecimento Internacional de área livre de febre aftosa, título dado pela Organização Mundial de Saúde (OIE), mantendo acordos internacionais. Além disso, a vacinação não interfere na qualidade da carne e do leite dos animais destinados para consumo.
Febre Aftosa pode afetar os seres humanos?
A enfermidade é altamente contagiosa desencadeada por um vírus, podendo afetar bovinos, ovinos, caprinos, suínos, camelídeos, elefantes e ruminantes silvestres. Cada animal apresenta os sintomas de maneira diferente. Porém, com dois sintomas semelhantes em todos eles: febre alta e aftas na boca e na região dos pés de animais de casco fendido.
O vírus da doença é transmitido por meio de saliva, leite, fezes e fluido das vesículas de animais contaminados. Dessa forma, quando animais saudáveis entram em contato com objetos ou animais infectados, contraem a doença. Caminhões, currais, vestimentas de cuidadores e estradas podem transmitir o vírus adiante. Em casos raros, o ser humano pode também ser acometido pela doença.
“Há relatos de ocorrência de febre aftosa em humanos onde são extremamente raras e tem evolução benigna. Apenas 40 casos em que os sinais foram confirmados por diagnóstico laboratorial. Com este número de casos confirma uma baixa susceptibilidade dos seres humanos à doença”, finalizou o veterinário.
Os produtores que possuem animais para vacinar devem ficar atentos as datas e procurar o Sindicato Rural.
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